Medicamentos interrompem o processo da doença e evitam complicações
O tempo é de férias. Mas quem leva o cachorro para o litoral precisa protegê-lo contra o verme do coração. O parasita, chamado de dirofilária, é transmitido quando mosquitos picam o cão, se alimentando do sangue do animal. Apesar de a transmissão da doença ser mais comum no litoral, ela pode ocorrer também em outras partes do País.
Após a infecção, as dirofilárias invadem a corrente sanguínea, os tecidos e os órgãos do cão. Se a infecção não for interrompida, os parasitas se alojam no coração ou nas artérias pulmonares. Os vermes podem viver durante anos alojados no coração do animal, causando lesões progressivas. Tais lesões são capazes de provocar sintomas graves no animal ou até mesmo a morte.
Os primeiros sintomas aparecem só depois de seis meses da infecção. Há dois quadros da doença: um agudo (raro), e outro crônico (mais comum, clássico). No caso agudo, o animal apresenta dificuldades respiratórias, tontura e apatia. "Ele pode morrer em horas porque muitos vermes chegam ao coração e às artérias pulmonares ao mesmo tempo", explica a veterinária Norma Labarthe, professora da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense. No quadro crônico, os vermes chegam aos poucos ao coração. O cão perde resistência física e desenvolve tosse, sintomas facilmente confundidos com o processo natural de envelhecimento do animal.
Apesar de haver tratamento para dirofilariose (a doença do verme do coração), o melhor é controlar a infecção. Há no mercado, medicamentos que interrompem o ciclo da doença. A veterinária Norma recomenda: é preciso medicar o animal 30 dias após a transmissão. Isso significa que, numa temporada de 45 dias na praia, o cachorro deve receber a primeira dose de medicamento no 30° dia. Doses sucessivas devem ser aplicadas a cada 30 dias.
Um animal que passou férias no litoral e não foi protegido pode disseminar a doença ao voltar para a cidade de origem. Dessa forma, mesmo longe do litoral os cães estão expostos ao risco de contaminação. Por isso, os veterinários recomendam a proteção de todos os animais. Vale lembrar que o verme do coração pode ser transmitido para seres humanos, o que reforça a importância de prevenção da doença.
Uma das opções de tratamento é Revolution, medicamento antiparasitário de uso tópico, produzido pela Divisão de Saúde Animal da Pfizer. Além de proteger contra o verme do coração, Revolution previne infestação por outros parasitas como pulgas (tanto no animal quanto no ambiente), sarnas, piolhos e vermes intestinais. O medicamento também auxilia no controle de carrapatos.
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